domingo, 3 de agosto de 2014

Alimentação e obesidade

Segundo um estudo efetuado pela Organização Mundial de Saúde, cerca de 300 milhões de pessoas atualmente são obesas. O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro de há três décadas. A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comumente é o do índice de massa corporal (IMC). O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que identifica o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC está entre 18,5 e 24,9. Para ser considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30.
Durante muito tempo o obeso foi considerado por todos como o grande culpado pelo seu excesso de peso. Através de falta de vontade, de gula, de falta de controlo, impassibilidade e outros atributos pouco honrosos, acreditava-se que o gordo era o único responsável absoluto pela sua obesidade. Porém não pode se dissociar termo obesidade de excesso de gordura corporal.
Sempre que houver uma ingestão de calorias (dos alimentos) maior que o gasto energético, haverá um armazenar de calorias na forma de gordura. A energia calórica que adquirimos nos alimentos vem de três tipos de nutrientes: as proteínas, as gorduras e os carboidratos. Mas a quantidade de calorias que um individuo necessita varia tendo em conta factores como a idade, o sexo e a actividade física. O corpo humano armazena exageradamente as calorias extras que não são essenciais nas células do panículo adiposo (tecido subcutâneo constituído por lóbulos de gordura).

Entre as causas prováveis da obesidade, o homem de hoje com o seu estilo de vida sedentário, não precisa de se esforçar fisicamente e isso diminui o gasto de energia na forma de calorias; a industrialização dos alimentos (ricos em carboidratos e gorduras polinsaturadas) modificou o padrão alimentar; o hábito da alimentação rápida (fast-food) aumentou a oferta de alimentos extremamente calóricos na dieta; aspectos culturais e comportamentais do indivíduo, ganho de peso após o casamento e com o envelhecimento; as facilidades da vida moderna (automóveis, elevadores, controlos remotos, …); mulheres com cintura além dos 86 centímetros são mais susceptíveis de desenvolver cancro do útero, ou que engordaram mais de 20 quilos desde os seus 20 anos; algumas doenças com distúrbios endócrinos como o hipotireoidismo e a síndrome de Cushing, em que se revela o aumento da produção de hormonas pela glândula supra-renal e alguns outros desequilíbrios hormonais, mas significam menos de 2% dos casos de obesidade; a genética também já provou haver associação entre a obesidade e a hereditariedade.
O excesso de gordura repercute-se de forma negativa em todos os sistemas do organismo: causa doenças graves como a diabetes, os problemas respiratórios, devido à pressão que o acumulo de gordura no abdômen exerce não só sobre a cavidade abdominal como sobre a caixa torácica, dificultando a respiração; também os ossos e os músculos, são afetados pelo esforço adicional exigido para suportar o excesso de peso; influencia no funcionamento do sistema cardiovascular, elevados níveis de gordura no sangue se depositam nas artérias dificultando a irrigação sanguínea, tornando os vasos rígidos, que por sua vez elevam a pressão arterial; causa um intenso desgaste do coração ao impulsionar o sangue através dos vasos sanguíneos cada vez mais estreitos e rígidos.
A obesidade também é considerada um problema de natureza estética e psicológica, além de ser um grande risco de saúde. Mas a tendência social para com os indivíduos obesos é de preconceito desumano: a discriminação estética, considerá-los pessoas sem força de vontade e preguiçosos.
No tratamento já se usam, os medicamentos com ação sobre o apetite que atuam sobre neurotransmissores como dopamina ou serotonina, como é o caso dos anorexígenos ou, dos estimulantes da saciedade como a sibutramina; também se utiliza a famosa “banda gástrica” nos casos de obesidade mais graves.
A melhor solução é levar uma vida saudável, com uma boa alimentação (poucas gorduras e com menos açúcar); evite o consumo de álcool e refrigerantes e beba água; 30 minutos de exercício físico por dia e vida ao ar livre, com pouca tv pelo meio.
Sendo assim apesar da discussão do blog ter girado em torno de quem era mais saudável. Não se pode tratar a margarina e a manteiga como se fossem as únicas opções como geralmente ocorre. Um consumo excessivo de ambos podem ser igualmente prejudiciais, uma vez que são igualmente rico em lipídios e potenciais causadores de obesidade. A manteiga é mais rica em lipídios saturados e colesterol e a margarina possui gordura trans. Não discutamos, portanto, quem é mais saudável e sim quem poderá substituí-la. Optar por fontes que tenham semelhante valor proteico (como queijo cottage, mussarela de búfala, azeite de oliva, creem chease light, queijo minas...) e menor percentual de carboidratos ou lipídios é a solução mais conveniente



Referências:

http://www.endocrino.org.br/obesidade/

http://coursejournal_medicina.blogs.sapo.pt/19005.html

As proteínas das manteigas e margarinas




Pertencem à classe dos peptídeos, pois são formadas por aminoácidos ligados entre si por ligações peptídicas. Uma ligação peptídica é a união do grupo amino (-NH 2 ) de um aminoácido com o grupo carboxila (-COOH) de outro aminoácido, através da formação de uma amida. 


As proteínas podem ser de origem vegetal ou animal. No caso das primeiras, elas são consideradas incompletas por serem pobres em variedade de aminoácidos essenciais (aqueles que o corpo não é capaz de produzir). Já a proteína de origem animal, é considerada completa por conter todos os aminoácidos essenciais. Por isso os alimentos com ricos em proteínas vegetais precisam ser combinados para que a união dos aminoácidos forme proteínas de boa qualidade.

Tabela de alimentos ricos em proteína animal

AlimentosProteína animal por 100 g
Carne de frango32,8 g
Carne de vaca 26,4 g
Queijo26 g
Salmão23,8 g
Pescada19,2 g
Ovo13 g
Iogurte4,1 g
Leite 3,3 g

Tabela de alimentos ricos em proteína vegetal

AlimentosProteína vegetal por 100 g
Soja12,5 g
Quinoa 12,0 g
Trigo sarraceno11,0 g
Millhete11,8 g
Lentilhas9,1 g
Tofu8,5 g
Feijão6,6 g
Ervilhas6,2 g
Arroz cozido 2,5 g
Importância



As proteínas são as moléculas orgânicas mais abundantes e importantes nas células e perfazem 50% do nosso peso seco. São encontradas em todas as partes de todas as células, uma vez que são fundamentais sob todos os aspectos da estrutura e função celulares. 

A importância das proteínas, entretanto, está relacionada com suas funções no organismo, e não com sua quantidade. Todas as enzimas conhecidas, por exemplo, são proteínas; muitas vezes, as enzimas existem em porções muito pequenas. Mesmo assim, estas substâncias catalisam todas as reações metabólicas e capacitam aos organismos a construção de outras moléculas - proteínas, ácidos nucléicos, carboidratos e lipídios - que são necessárias para a vida. A maior parte da informação genética é expressa pelas proteínas. Além disso, existem muitas espécies diferentes de proteínas, cada uma especializada para uma função biológica diversa como:

- Catalisadores;

- Elementos estruturais (colágeno) e sistemas contráteis;

- Armazenamento(ferritina); 

- Veículos de transporte (hemoglobina); 

- Hormônios; 

- Anti-infecciosas (imunoglobulina);

- Enzimáticas (lipases);

- Nutricional (caseína);

- Agentes protetores.

O consumo de proteínas é importante após o treino para evitar lesões e ajudar os músculos a recuperar melhor, além disso as proteínas ajudam na formação do tecido muscular e por isso é importante comer alimentos ricos em proteínas para ganhar massa muscular.

Quando ingerimos proteínas, elas são quebradas durante o processo de digestão, e posteriormente, absorvidas pelas nossas células, que novamente as quebram, transformando-as em aminoácidos. Estes aminoácidos serão utilizados pelo nosso corpo onde eles forem mais necessários.

Referência:
http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/proteinas.htm
http://www.todabiologia.com/saude/proteinas.htm
http://www.tuasaude.com/alimentos-ricos-em-proteinas/