sábado, 19 de julho de 2014

A vitamina E manteigas e das margarinas


Outra vitamina encontrada nas manteigas e nas manteigas é a Vitamina E, a menos tóxica entre as que são lipossolúveis. O que chamamos de vitamina E é um grupo de oito complexos solúveis em gordura chamado α, β, γ e δ-tocoferóis e α, β, γ e δ-tocotrienóis. Suas principais fontes são: óleos (girassol, amendoim), sementes de girassol, amêndoas, amendoim, vegetais de folhas verde-escuras.
A vitamina E apresenta algumas propriedades lipofílicas: acumula-se em lipoproteínas circulantes e membranas celulares e combate reações de peroxidação de ácidos graxos insaturados, daí seu papel importante no combate aos radicais livres. Por isso que é considerada o antioxidante mais importante na célula, estando localizada na porção lipídica das membranas celulares, atuando como seu fornecedor de H+, ela protege os fosfolipídios insaturados da membrana da degeneração oxidativa dos EROS. Além disso, sua necessidade está relacionada à ingestão de gorduras poliinsaturadas.
A sua capacidade de interceptar os radicais livres e em virtude de suas propriedades antioxidantes têm sido considerados como tendo um papel na prevenção da carcinogênese e aterosclerose; na proteção do sistema reprodutor; na prevenção da catarata; no reforço do sistema imunológico e na melhora da ação da insulina.
A baixa ingestão de vitamina E causa agregação plaquetária, anemia hemolítica, degeneração neuronal (pois causa lesão na bainha de mielina) e redução de creatinina sérica. A depleção prolongada causa lesões musculares e esqueléticas e alterações hepáticas. Sua deficiência está associada a distúrbios neurológicos e doenças de má absorção(fibrose cística, síndrome do intestino curto e colestase). Quando em excesso, potencializa efeito de medicações que inibem a coagulação sanguínea. Podem ocasionar ainda náuseas, cefaleia, fadiga, hipoglicemia e alterações na função neutrofílica.
Como papel específico, os tocoferóis atuam na respiração celular, provoca efeitos na atividade enzimática ou no aumento da transcrição (como, por exemplo, na síntese do grupo heme). Somado aos tocotrienóis também impedem a oxidação do LDL. 
Daí surgirem algumas controvérsias entre a ingestão de vitamina E e o aparecimento de doenças cardiovasculares. Existem indícios de que a vitamina E preveniria aterosclerose em estágios iniciais, já que tocoferóis e tocotrienóis impedem a oxidação do LDL, inegável passo para o início do processo aterosclerótico.
Além desta função, e mais recentemente, através de estudos de base, também associado com a vitamina E, com a redução do processo aterosclerótico, inibindo a proliferação de células musculares lisas, a manutenção da função endotelial normal, a diminuição na os níveis de moléculas de adesão solúveis, que inibem a secreção de espécies reativas de oxigénio e citoquinas pró-inflamatórias, tais como a interleucina e fator de necrose tumoral alfa.
http://www.icb.ufrj.br/Revista-Bio-ICB/Materias-Anteriores/Pesquisa-associa-polpa-do-acai-a-transmissao-da-doenca-de-Chagas-332.html
saude.ig.com.br › Saúde › Vitaminas

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tocoferol

sábado, 12 de julho de 2014

Outra vitamina que podemos encontrar na margarina e na manteiga é a vitamina D. Pertence a um grupo de esteroides com função regulatória similar a de alguns hormônios manutenção dos níveis de cálcio. Tem como precursor endógeno o 7-desidrocolesterol. 
Nos seres humanos, apenas 10% a 20% da vitamina D necessária à adequada função do organismo provém da dieta. As principais fontes dietéticas são a vitamina D3 (colecalciferol, de origem animal, ) e a vitamina D2 (ergosterol, de origem vegetal). Os restantes 80% a 90% são sintetizados endogenamente.
A síntese endógena se dá com a irradiação do 7-desidrocolesterol por raios UV formando o ergocalciferol (Vitamina D2), encontrada em vegetais, e colecalciferol ( Vitamina D3), encontrado em tecidos animais. A energia estérica dessas novas conformações tridimensionais das moléculas as fazem ser secretada para o espaço extracelular e ganhar a circulação sanguínea. Ao alcançarem o fígado, as vitaminas D2 e D3 sofrem hidroxilação no carbono 25, formando o 25(OH)D e ao chegar nos túbulos renais será convertido em 1,25(OH)2D que é a vtamina D ativa.
Metabobismo da Vitamina D
A ação clássica da 1,25(OH)2D mantém concentrações plasmáticas suficientes para assegurar a adequada mineralização e o crescimento ósseo em crianças e adolescentes e a saúde óssea global em todas as etapas da vida. Tanto que, em níveis séricos de cálcio baixos, estimulam a produção de paratormônio (hormônio hipercalcemiante) que induz a produção renal de 1,25(OH)2D, que estimula a desmineralização óssea e absorção intestinal de cálcio e inibe a excreção renal de cálcio, que provocam um feed-back negativo, isto é, o aumento dos níveis de cálcio.
Raquitismo
Osteomalácia
À vitamina D é primariamente atribuído o papel de importante regulador da fisiologia osteomineral, em especial do metabolismo do cálcio. Entretanto, a 1,25(OH)2D está envolvida também na síntese de antibióticos naturais pelas células de defesa dos mamíferos; na modulação da autoimunidade e síntese de interleucinas inflamatórias; na secreção de insulina; no controle da pressão arterial; na regulação dos processos de multiplicação e diferenciação celular e, consequentemente, é atribuído também a ela papel antioncogênico.
Quando o indivíduo passa longos períodos sem se expor ao sol, não repõe o cálcio e fósforo na alimentação ou não obtêm vitamina na dieta ele pode apresentar um quadro clínico de hipovitaminose D que, em adultos, pode provocar a osteomalácia e, em crianças, o raquitismo. Raquitismo e osteomalacia são defeitos da mineralização óssea. O raquitismo é caracterizado por anormalidades na formação na placa epifisária de crescimento, com áreas não mineralizadas, desorganização da arquitetura celular e retardo na maturação óssea. A osteomalacia é caracterizada pela deficiente mineralização da matriz osteóide (inorgânica) do osso, como o indivíduo já concluiu seu crescimento, perde apenas sua matriz inorgânica e conserva a orgânica, diz-se, então, que os ossos ficam "moles". As deformidades ósseas e o atraso no crescimento são comuns aos dois. São processos que, em geral, ocorrem associados. Após o final do crescimento, com o fechamento da cartilagem epifisária e consequente interrupção do crescimento, apenas a osteomalacia permanece.  Por ser lipossolúvel, tem metabolização lenta, sendo armazenada por longos períodos, por isso é a mais tóxica de todas as vitaminas. Doses altas ( 100.000 UI por semanas ou meses) ocasionam perda do apetite, náusea sede e estupor. Além disso, uma absorção de cálcio e reabsorção óssea aumentados resultam em hipercalcemia (deposição de cálcio em muitos órgãos, especialmente artérias e rins.)
Pode-se ver ai a grande importância da vitamina D, presente tanto na manteiga quanto na margarina, para a integridade do nossos ossos, assim como para outros processos fisiológicos do nosso organismo. Apesar disso, essas não são fontes únicas, nem principais de vitamina D: vitamina D3, de origem animal,está presente nos peixes gordurosos de água fria e profunda, como atum, e salmão e leite e a vitamina D2 de origem vegetal, presente nos fungos comestíveis. Portanto, é muito mais conveniente buscar essas fontes, por serem bem mais saudáveis.

Referências:           
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302011000800010
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27301999000600012&script=sci_arttext

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Por que manteiga e margarina são amarelos?

Você possivelmente poderia está pensando que seria por causa dos lipídios ali presentes. Entretanto, óleos e gorduras são transparente. Acontece que ambos são enriquecidos com vitamina A, que é derivado de um pigmento (carotenoides) que dá esse aspecto amarelado.

             A vitamina A insere-se no grupo das vitaminas lipossolúveis e é derivada de carotenóides de plantas. Existem três formas ativas de vitamina A:

  •     Retinol: um álcool primário contendo um anel beto-ionona com uma cadeia lateral insaturada, encontrado como éstes de retilina.


  •    Retinal: aldeído derivado da oxidação do retinol. O retinol e o retinal podem ser facilmente interconvertidos.

  • Ácido retinóico: derivado ácido da oxidação do retinal; não pode ser reduzido no corpo.
A vitamina A encontra-se sob duas formas na natureza:
    Retinol: presente nos alimentos de origem animal, como a manteiga leite humano, carnes, fígado, óleos de peixe, gema, leite integral entre outros
    Carotenóides: O carotenóide mais abundante e mais conhecido é o beta-caroteno. A provitamina A é encontrada em vegetais folhosos verde-escuro (como espinafre, e folhas novas de vários vegetais), vegetais amarelos (como abóbora e cenoura) e frutas não cítricas amarelas e laranjas (como mangas, pêssego e mamão), além de óleos e frutas oleaginosas (buriti, pupunha, dendê, pequi). 

A melhor fonte de vitamina A para o lactente é o leite materno.


Por que a vitamina A é tão importante? 
  1.    Visão, uma vez que bastonetes (as células visuais receptoras de luz na retina do olho)  contêm um pigmento sensível à luz designado por rodopsina, o qual é um complexo da proteína opsina e da vitamina A. 
  2.    Crescimento e desenvolvimento adequado, já que agem como hormônios esteróides;
  3. Manutenção do tecido epitelial sadio, como as mucosas do nariz, garganta, boca, olhos e estômago
  4. Diminui a síntese de queratina, o que ajuda também a manter os epitélios;
  5. Prevenção de doenças crônicas, principalmente doenças cardíacas, pulmonares e câncer de pele.
  6. Síntese da proteína transportadora de ferro, transferrina.
  7. Diferenciação dos tecidos.
  8.  Proteção contra as infecções, tais como diarréia e infecções respiratórias
  9. β-caroteno (provitamina A) é um dos antioxidantes mais importantes e evita  peroxidação das células e a degradação do DNA
  10.  Reduz em 23% a mortalidade infantil e em 40% a mortalidade materna; 

 Quais os sintomas da deficiência de vitamina A?

      O corpo não pode fabricar vitamina A, portanto, toda vitamina A que necessitamos deve provir dos alimentos. Contudo o corpo pode armazenar as porções que ingerimos de modo a termos uma reserva quando necessitamos. Apesar de não ser a única causa de hipovitaminose A, quando o consumo de alimentos ricos em vitamina A e em gordura é insuficiente, poderemos apresentar esse quadro clínico.

Um dos primeiros sinais de deficiência de vitamina A
  • É a perda de apetite, acompanhado por um retardar do crescimento e desenvolvimento, principalmente em crianças;
  •  Há uma dificuldade de enxergar no escuro (cegueira noturna); 
  • Cegueira irreversível nas crianças; 
  •  Aumento da mortalidade infantil. 
  • Lesões graves ao nível da córnea
  • Fotofobia (sensibilidade à luz);
  • Desidratação e infecções recorrentes nos epitelios;
  • Irritabilidade;
  • Imunidade fragilizada, que proporciona o aparecimento de doenças oportunistas.
  • Anemia por insuficiência de ferro;
  • Aparecimento de hemorragias

Portanto, vemos  importância da importância da manteiga e margarina como importante fonte de vitamina A. No entanto, não são suas fontes únicas, sua necessidade pode ser suprida também por outras fontes bem mais saudáveis, por serem menos calóricas (menor teor de lipídios) e com maior teor de fibras e vitaminas, como vegetais amarelo e escuros.



Referências:

http://nutricao.saude.gov.br/vita.php
MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica Basica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999,